A VIDA NÃO MORRE
A solidão
A sombra a escuridão
O assombro o escombro
Nestas horas um ombro
É divã que salva
A saliva é puro mel
O calor do corpo
É sol despontando no céu
As vezes sentimos saudades
Do tempo que nos falta
No amanhecer
Do grotão jorrando á sangue aberto
Do tempo que não tivemos pra viver...
Tempo é o que mais deixamos pelo caminho...
Borboleta alada
Porque o que levamos
Mesmo desta vida ceifada é nada...
Deixemos porem asas para
Do ninho de suas memórias voar
Que sintam falta por nossa ausência
Mas nunca pela presença
Que não mais podemos dar
Por tudo isso é que fechamos as
Pestanas dos olhos quando nos dissolvemos
Porque jamais nasceríamos pra morrer
Mas sim pra esquecer
Que um dia nascemos...