Das virtudes

Suave é a brisa mansa

Que faz carinho na roseira

Mas a rosa nem balança

E segue espargindo perfume

Até onde seu alento alcança.

Eu quero que a vida seja

Sempre uma suave dança.

Simples é o que faz o beija-flor

Com o bico retira o pólen

E nunca machuca a flor

Bate as asas e encanta a todos

Com o seu matiz multicor.

Eu quero uma vida simples

Pra viver sem causar dor.

Natural é o bicho lá na mata

Não sabendo o que é maldade

Pra sobreviver sua caça mata

Mas só busca o que precisa

Se não precisa, não maltrata.

Eu quero viver bem natural

Sem fazer uso de chibata.

Sutil é a luz da alvorada

Que sem fazer ruído algum

Põe os pássaros em revoada

Nem precisa usar a força

Para por a noite em retirada.

Que não nos falte sutileza

Para ver que a vida é sagrada.

Belo é criança fazendo bolhas

Usando só água e sabão

Não tem que fazer escolhas.

Tem uma vida para desenhar

E o tempo lhe dará as folhas.

Para quem pinta a pura beleza

A vida dá garrafas sem rolhas.

Leve é a nuvem branca no céu

Que desliza lenta e sem rumo

Mas ao seu destino é fiel

Um dia derramará em chuva

E terá cumprido seu papel.

Abandona os pesos inúteis

E a vida terá gosto de mel.

Nobre é quem pensa no bem

Sabe que o amor tudo resolve

Mais nobre é quem faz o bem

Sabe que amar é se doar

E quer para todos o que lhe convém.

Nobreza nasce da alma de quem

Olha a vida e pra ela diz amém.

Silva Edimar
Enviado por Silva Edimar em 14/04/2015
Código do texto: T5206410
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