À MARGEM...

O mormaço, em sufocados vômitos,

Toca-me uma lira sem acordes,

Nenhuma vigilância segura as pontas.

Deslumbrado, sem súplicas,

Rasgo véus de fogos,

Enterro Ruas sem Quintais.

Amolo minha boca suçuarana,

Bebo dos silêncios das Moscas,

Canto com as Sereias do Araguaia.

Das flechas Bananeiras azuis,

O Capim sangue nutre meu Sol,

Vago na Nudez de Bem-Me-Quer.