A irreparabilidade dos sonhos intuitivos.

O mundo poderia não ser.

O significado da interpretação.

O que devo dizer ao vosso entendimento.

A hermenêutica da imaginação.

O que é o mundo.

A não ser a representação.

Das indeléveis ilusões.

De uma memória alienada.

O entendimento dos antimônios.

O que é a compreensão do infinito.

A eternização do vazio.

Ausência de definição.

O vácuo como substancialidade.

O que devo dizer as vossas patetices.

A necessidade descabida.

Ausência de sinais.

A escuridão infinita aos vossos olhos.

A energia escura perdida sem definição.

Infindável recomeço.

As coisas não percebidas.

Sem materialidade e seus fluidos.

Mundo indefinível.

Aspectos contínuos aos seus nadas.

Tão somente a não significação.

Influições rodadas.

Cortadas indefinições.

Fragmentos de ideologias.

Sem finalidades lógicas.

Materialidade quantificada.

A mais absoluta negação.

Éter mater.

Partículas perdidas.

Eixos gravitacionais.

Direcionados ao espaço.

Pergunto então.

A dimensão do vácuo.

A tristeza da infinidade.

Qual é o significado de tudo isso.

A negação das negações das antíteses.

Recomeços fúteis desnecessários.

Como tudo pode acontecer por meio.

Da inexistência.

O que existe é apenas fantasmagórico.

A realidade é uma contra força.

Negativa.

Ficções dos olhares.

Sobrepostos as memórias.

Não codificáveis.

Dessa forma nada é ele mesmo.

Confirma-se a irrealidade.

A maldição da repetição eterna.

De qualquer modo.

Etimologicamente o conceito.

Não poderá ser compreensível.

O que vejo são representações.

Acepções não perceptivas.

Realidades platônicas.

Fantasias inexoráveis.

Contestação ptolomaica.

Como se o eixo fosse à definição.

Não existindo deus o que poderá existir.

Com toda certeza ele foi apenas uma invenção.

Construída as memórias frágeis.

Do mesmo modo a alma.

Fruto da linguagem.

A remontagem a célula mater.

Fundamento do único DNA.

A deturpação dos saberes.

Entendimentos turvos.

Iguais à melancolia do destino.

O medo à dor da angustia.

A leveza do nada.

Significados referenciais.

Como o vento conduzindo nuvens.

Pergunta-se a mesma coisa.

Desejam escutar as vozes das pedras.

A densidade da luz exaurindo hidrogênio.

Quanto ao Homo sapiens.

Um dos hominídeos remanescentes.

Outros que desapareceram misteriosamente.

Um dos parentes próximos.

A sapiência Neandertal.

A permitividade.

Tempo distante e próximo.

Porém inexistente.

A onda do ar seria como contemplação do vento.

Preso à sonolência da madrugada.

Sem entretimento.

Se não fosse às cordas vocais.

A linguagem não teria imagens.

Ninguém saberia da origem dos sapiens.

Iguais aos macacos que não sabem.

Que são primatas.

Desconhecem as diferenças.

Da vida e da morte.

O instinto seria normal.

Como força dos sonhos.

O sexo não seria pecado.

A existência.

Da propriedade privada.

Que magnânimo seria.

Os deuses não teriam que serem raivosos.

A destinação comum da malandragem.

A mulher não precisaria ser comercializada.

Pelo status quo.

Não teria existido a criação do Estado.

Em um instante a maior revolução tecnológica.

Entretanto, o sapiens nunca soube pensar.

Alianças para destruição.

Dos que terão como sorte.

A eternidade da pobreza.

O grande objetivo do mundo.

Produzir operários.

Concentrar renda.

Levar à coletividade a falta de compreensão.

Enquanto isso o sorriso interminável da burguesia.

O medo do mundo.

Do nada.

A insignificância do saber.

A ilusão contínua.

Da impetrabilidade do mundo.

Reformular a eternidade da repetição.

Das mesmíssimas coisas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/04/2015
Reeditado em 08/04/2015
Código do texto: T5199801
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