Poema gritado

E VEZ POR OUTRA,

HÁ UM SONETO TRISTE NA REVOADA PALAVRESCA,

COMO QUE A CANTAR MIL VOZES DE DESCONTENTO,

E O TOQUE SORRATEIRO DE UM NÃO-SABER,

PERDIDO ENTRE CERTEZAS INÚTEIS

E UTOPIAS QUE AS AGRURAS TENTAM MASSACRAR.

NÃO NOS CABE APORTAR OS VERSOS!

A NÓS, QUE AMAMOS A PALAVRA LIVRE?

RESERVAM-NOS UMA ESTAÇÃO NO CAIS,

O EMPRÉSTIMO INUSITADO DE ALGUM HANGAR À BEIRA DA VIDA,

UM RELANCE DE TUDO,

E A ETERNIDADE DOS NADAS.

E SEGUIMOS...