Fragmentos I
Um dia você acorda e olha para o mundo
Tudo que você vê um enorme buraco sem fundo
Que entra tão profundamente que arromba seu peito
Como um daqueles buracos negros espaciais
Causando uma dor inenarrável, pontadas suor, lágrimas
Lágrimas não pelo que foi perdido, mas
Pelo que poderia ser vivido
Por toda a chama iluminada que está dentro
E que você finalmente percebe que nunca vai trazer para fora
Vai ficar tudo ai, guardado e quem sabe
Quem sabe, não
As esperanças de compartilhar se for
E a única coisa que sobra em pé
Ainda com algum brilho é você
O restante é finito
Resta apenas sua própria luz...