Fragmentos I

Um dia você acorda e olha para o mundo

Tudo que você vê um enorme buraco sem fundo

Que entra tão profundamente que arromba seu peito

Como um daqueles buracos negros espaciais

Causando uma dor inenarrável, pontadas suor, lágrimas

Lágrimas não pelo que foi perdido, mas

Pelo que poderia ser vivido

Por toda a chama iluminada que está dentro

E que você finalmente percebe que nunca vai trazer para fora

Vai ficar tudo ai, guardado e quem sabe

Quem sabe, não

As esperanças de compartilhar se for

E a única coisa que sobra em pé

Ainda com algum brilho é você

O restante é finito

Resta apenas sua própria luz...

Sabrina Ferreira
Enviado por Sabrina Ferreira em 06/04/2015
Código do texto: T5197575
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