O BALANÇO

O BALANÇO

Lá estava a minha goiabeira preferida

Acolhendo nos últimos galhos

O fio dos meus pensamentos

Que sentados

recebiam a brisa suave

com gosto de goiaba doce

E do outro lado

Em uma outra árvore

Sustentava o leve e libertador balançar

de duas cordas de sisal

Amarradas a um pedaço de madeira velha

desbotada

Onde a criança sorrindo

sentava

Atraído por aquela cena

Apareceu um bando de pardais

Admirada, os convidei para fazerem voos

Em mim

Pousaram todos de uma vez

na cabeça

Nos ombros e nos braços

da criança

E o pensamento ficou lá

sozinho, solto no alto

Sem entender

que voar

É ir e voltar...

AH... meu velho balanço!

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 05/04/2015
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