O BALANÇO
O BALANÇO
Lá estava a minha goiabeira preferida
Acolhendo nos últimos galhos
O fio dos meus pensamentos
Que sentados
recebiam a brisa suave
com gosto de goiaba doce
E do outro lado
Em uma outra árvore
Sustentava o leve e libertador balançar
de duas cordas de sisal
Amarradas a um pedaço de madeira velha
desbotada
Onde a criança sorrindo
sentava
Atraído por aquela cena
Apareceu um bando de pardais
Admirada, os convidei para fazerem voos
Em mim
Pousaram todos de uma vez
na cabeça
Nos ombros e nos braços
da criança
E o pensamento ficou lá
sozinho, solto no alto
Sem entender
que voar
É ir e voltar...
AH... meu velho balanço!