O Método: Reconstrução das Memórias.

A memoria se estrutura.

Em acordo com a lógica do mundo.

Desse modo funciona a mente humana.

Uma vez estruturada.

Dificilmente poderá ser modificada.

O mecanismo do cérebro.

É igual para todas as pessoas.

De um índio na selva amazônica.

A um filósofo da primeira grandeza de Paris.

Alguém determina ser evangélico.

Pela estruturação de sua memória.

Do mesmo modo que se logiciza.

Ser um materialista.

A mente se organiza.

E o indivíduo torna se vítima da razão.

Motivo pelo qual.

Alguém que se estrutura ao mundo do crime.

É impossível viver ao mundo social.

Mesmo porque o mundo social.

Não aceita o mundo do crime.

O homem é o seu cérebro.

Como muito bem refletiu.

O grande neurocientista.

Antonio Damásio.

Sendo desse modo.

O cérebro teria que libertar dele mesmo.

O que é impossível.

Pelo fato que a libertação.

Implicaria na destruição do cérebro.

Sendo que a mesma.

Significa a morte do homem.

Motivo pelo qual a cadeia não recupera ninguém.

Poucas pessoas no mundo.

Após terem suas memórias construídas.

Entendem que elas estão erradas.

Ao entender tentam libertar-se delas.

Reconstruindo novas memórias.

O que na prática raramente acontece.

Até porque o erro construtivo das memórias.

Elabora-se por aproximação.

E não pela objetividade.

Entende-se que o erro não é totalmente erro.

Do ponto de vista da sua essencialidade.

Do mesmo modo o acerto.

Em referência ao convencimento.

Ao se convencer de algo.

Só é possível tal procedimento.

Pelo mecanismo da representação da alienação.

Refiro especificamente ao mundo do espírito.

E não ao método indutivo das experiências naturais.

Sendo dessa forma.

O que é o convencimento a não ser autoilusão cultural.

Refere se aos aspectos determinativos das memórias.

Portanto, o acerto é a autoilusão.

Do mesmo modo o erro.

Tudo nas suas parcialidades.

A não serem as referências ideológicas.

Entretanto, mas mesmas não encontram fundamentos multirreferenciais.

Desse modo, qual é a epistemologização da memória.

Com efeito, qual o caminho para reconstrução da referida.

Com a finalidade de fazer o indivíduo deixar de ser o que é.

Para ser outra coisa.

Pergunto se alguém consegue destruir a memória de um lunático.

Para viver o mundo da realidade.

Seja qual for à outra realidade em referência.

Praticamente impossível.

Alguém consegue reconstruir a mente de um corrupto.

Ainda mais quando a corrupção é o resultado.

De uma cultura construída como valor.

Ao que se refere particularmente à cultura latina.

Não se trata de algo partidário.

Como se fosse da natureza de um partido.

A ideologização da corrupção.

Com o propósito de obter poder político.

Como procede muito bem a direita brasileira.

Em defesa do neoliberalismo.

E não de um modelo de sociedade.

O que combate a corrupção tem dentro da natureza da sua memória.

Tendo o mesmo mecanismo de valoração.

Sendo assim.

Qual a saída psicanaliticamente.

Já que o homem é sua mente.

Construída como razão.

E a mesma é produto social cultural.

De um modelo de sociedade.

Que produz nas relações sociais.

As diversidades de comportamentos.

Ninguém escolhe ser bandido.

Ou qualquer outro modo de ser.

As injunções diversas impõem os modos de comportamentos.

Portanto, a perspectiva da reconstrução da razão.

Possível a quem entender os mecanismos dela mesma.

Compreendendo, cria a priori.

Uma razão segunda na qual.

Procura entender todas às razões primeiras.

Os mecanismos de sínteses impositivas.

Nas determinações do ser, ser exatamente o que é.

Só a razão segunda possibilita ao individuo não ser produto da própria razão.

É nesse nível de entendimento.

Que procuro ajudar a pessoa construir a razão segunda.

Através de tal mecanismo, libertar o sujeito de todas as razões primeiras.

Desse modo constituiu-se método elaborado por mim.

Das reconstruções das memórias.

A razão segunda evita a manipulação das razões primeiras.

Que funciona por meio do mecanismo de instinto.

Ausente da autopercepção.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 04/04/2015
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