HOJE QUERO SER OUVIDA

Avalio, sorrio e desafio,

Benevolência tem paciência,

Qual o limite da complacência,

Não negligenciar a indigência,

Seria falta de clemência,

Tenho meus destroços emocionais,

Avalanches de emoções,

Solidão por opção,

Medos, e cicatrizes na alma,

Tempestades, raios e trovões,

Ouço a voz de meu coração,

Meu choro são águas termais,

Sou a rocha que te permite por vezes,

Caminhar a beira do meu penhasco,

Seus passos trêmulos, meu solo é firme,

Em segurança segue seu caminho,

Quando sou relento, quero colo,

Quando sou brisa despejo carinho,

Intempestiva tempestade interior,

Roubam a cena da serenidade,

Busco a suavidade perdida,

Descanso na nuvem amiga,

No mar de ilusão naveguei,

No desespero encontrei a paz,

Não sou anjo nem demônio,

Sou humana, falho me atrapalho,

Não quero ser quebra galho,

Quero ser arvore e fincar raízes,

Erro tentando acertar,

Peço desculpas e sei perdoar,

Tenho um jeito próprio de amar,

Finquei a bandeira branca,

Guerras nunca mais,

Territórios emocionais conquistados,

Minha zona de conforto abrange a constelação,

Hoje fumo o cachimbo da paz.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 03/04/2015
Código do texto: T5193134
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