JARDINS SUBMERSOS

Por que voas tanto, de flor em flor?

Por que te debates nestas asas sem igual beleza?

Colibri, responda-me se possível for...

Será que é assim, tão deslumbrante a natureza?

De ficar voando, até já me cansei...

Se um dia eu olhar alguma flor, nem sei se a beijarei.

Então, sou eu a regressão no jardim rendido pela bondade?!...

Por favor, colibri, diga-me se o que sinto é a coerente realidade.

Ah! Vós te fostes, mero jardineiro!...

Já não te fazes entre as flores e cores de um jardim inteiro.

Tu ficastes no tempo a colher da terra as máculas da insensatez,

Porém, secara tua alma de tanto prantear sob o véu da tua viúvez.

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 01 de abril de 2015.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 01/04/2015
Reeditado em 18/04/2015
Código do texto: T5191750
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