Refúgio de loucos
Vou embora daqui...
Largar definitamente essa vida insana
Rotina tirana,abismo, princípio do fim
Sacudir a poeira, fincar pé na estrada sem rumo
Eu, Deus e minha sombra
Persistente, submissa a me acompanhar
Sair por aí, liberto das correntes, compromissos e sem satisfações a dar
Eu quero mais é estar esterelizado
Longe, livre e limpo de tudo isso
Concreto armado delineando a fronteira do luxo aparente
Com o contraste crescente dos banquetes de lixos
Ficando, dilacero a felicidade
Nesta cilada, agalopada,chamada cidade
Refugio de loucos, formigas apressadas, neurose continua, manada marcada
Escravos do tempo, prisioneiros das máquinas
Adeus maléfica metrópole maluca!
Eu vou é embora daqui...