A Dialética das Contradições.
Em uma tarde irei.
Ao ingente mundo.
Sonhando os signos.
Cantando a imaginação.
Olhando os trilhos.
Pensando na sombra de uma canção.
Ninguém pode imaginar o que estou dizendo.
Como a solidão perdida no deserto.
Guardando na alma.
Os segredos me foram revelados.
Indo em direção ao velho casarão.
Refletindo o destino inexaurível.
Sentido o resquício do tempo.
Descobrindo.
As ondas de um olhar.
Inefável.
Uma tarde em que o vento levou.
Mas o que sei não posso dizer-te.
Pois fere a doçura de quem se perdeu.
Pelo mundo a fora.
A ternura do olhar metafórico.
Tive tanto medo.
A misericórdia infatigável.
Já não era mais possível.
A esperança tinha ido embora.
Restou à casa que o tempo.
Modificou-se.
As estrelas brilhando no infinito.
A indutância infausta.
Austero olhar perdido.
O peito sentido o silêncio da noite.
Muito tarde para descolorir a madrugada.
Chegando à espera do brilho do sol.
A polidez da esperança inexcedível.
O rígido pisar sobre a grama.
Recordo-me como fossem os sinais.
Metáboles.
O orçamento.
De uma rua feita sem pedra.
A metonímia da sorte perdida.
A ponte cheia de grito.
O delírio estendido.
Como pedra enchida.
A noite fecundada pelos vícios.
Neológicos.
A imensidão de um mundo de trevas.
A genialidade das coisas encontradas.
No silêncio do peito.
A horda feroz sobreposta.
Aos sonhos esquecidos perfunctoriamente.
Enormidades das recordações.
Estação desértica.
Em pleno verão.
Aos sussurros melancólicos a pervicácia.
Dentro dos céus.
A imaginação dos anjos.
A inscrição espantada.
Como se a alma.
Estivesse fora da cidade perpetuadamente.
A decoração do tempo.
A distância do pensamento vazio.
A cada instante o instinto.
Maturado a lúbrica destinação.
Além do vento tocando.
A pernície permeada ao açoite.
O bailar das folhas das arvores.
Sei o quanto tenha sido agradável.
Um risco no ar.
Os sinais nas águas.
Restando tão somente.
O berro solto a infinidade.
Pertransido.
Nada além de tal descrição.
Motivo das não explicações
O sonho destinado às ondulações.
Raciocínio indutivo metafórico.
O segredo está guardado dentro.
Do coração.
Refluxos genéricos.
À noite definida melancolicamente.
Áureo brilho prescritivo propedeuticamente.
Nesse tempo faz-se aos homens do futuro.
O segredo guardado.
Dentro das memórias risonhas.
Imponderáveis.
Edjar Dias de Vasconcelos.