Poema Agro-filosofico

As palavras só agradam a quem está lendo. Quem quer somente resumos não sabe o que é viver uma aventura com riqueza de detalhes.

Quem vive a vida pouco se satisfaz com meias palavras, a menos que estas abram um leque de informações.

A superficialidade é volátil e se perde no ar, devemos quebrar a película do liquido para nos encharcarmos da literatura, para isso não devemos nos restringir a nada e ser eclético.

A geada não mata por se acumular, ela pode até conservar, ela só queima quando o corpo permite que ela entre e então ela entra e congela o ser.

A emergência de uma nova ideia se deve a profundidade que você se entrega aos pensamentos com base no conhecimento, não podemos nos perder a ponto de não podermos nos erguer por isso se deve estar numa altura que a emersão seja possível de forma que você terá suas raízes bem estabelecidas ao mesmo tempo que se pode respirar e enxergar a sua volta.

Numa possível frutificação abrir ao máximo suas galhas para que seus frutos caiam longe da matriz de modo que fique alguns centímetros a mais de horizonte, para que seu conhecimento seja base, porém não limitante.

O estabelecimento do ideal se dá em cima do que você deseja cultivar, sempre podendo crescer sem que haja impedimento para que seus frutos cresçam independentes.

A fertilidade se dá pela correção do seu meio, pela suplementação das carências permitindo novas radículas e novos ramos. O solo muito alcalino e muito ácido se indispõem ao ser e deve manter a neutralidade para que haja liberdade de expressar toda característica necessária.

O conhecimento que trás o alimento não é necessariamente o mais importante, podendo buscar novas formas. Caso isso não seja o suficiente ter liberdade com possibilidade de sair do seu comodismo e buscar.

Uma planta saiu do lugar,

traga água e luz solar,

pois esta não se permitirá a ser imóvel novamente,

talvez não tão cedo