PIB Curralinho
Curralinho, 06 de março de 2015.
Eis que caminho para o porto de Curralinho.
Duas da manhã.
Duas vezes eleita a menor economia do país.
Chuva fina, lama grossa
Pula-se aqui e acolá.
Um título de pobre dado pelos globalizados
De um país de muitos corruptos.
No frio da pouca camisa que me protege
Quatro homens naquele canto escuro comentam
Não sei se é escárnio
Sei lá se é assalto
Ainda bem que chuvisco os mantém quietos.
Nem a cachorrada sai pro cio.
Nem o café queima tanto.
Moto-taxistas se acotovelam em busca de uma corrida
O carreteiro à espera da carga
Que seja pesada.
Pessoas que vêm e vão com suas cargas
Que não sejam tão assim pesadas.
Em cima das cabeças como a juntá-los o chuvisco
Intensa madrugada.
O frio vento.
Mas quem conhece
Só quem amanhece
Descobre os curralienses.
Alegres
Cordiais
Ricos
Não de um Produto Interno Bruto
PIB
Mas de uma Pulsante Inquietação Brasileira
PIB.
(Foto: Monte Dawn)
Curralinho, 06 de março de 2015.
Eis que caminho para o porto de Curralinho.
Duas da manhã.
Duas vezes eleita a menor economia do país.
Chuva fina, lama grossa
Pula-se aqui e acolá.
Um título de pobre dado pelos globalizados
De um país de muitos corruptos.
No frio da pouca camisa que me protege
Quatro homens naquele canto escuro comentam
Não sei se é escárnio
Sei lá se é assalto
Ainda bem que chuvisco os mantém quietos.
Nem a cachorrada sai pro cio.
Nem o café queima tanto.
Moto-taxistas se acotovelam em busca de uma corrida
O carreteiro à espera da carga
Que seja pesada.
Pessoas que vêm e vão com suas cargas
Que não sejam tão assim pesadas.
Em cima das cabeças como a juntá-los o chuvisco
Intensa madrugada.
O frio vento.
Mas quem conhece
Só quem amanhece
Descobre os curralienses.
Alegres
Cordiais
Ricos
Não de um Produto Interno Bruto
PIB
Mas de uma Pulsante Inquietação Brasileira
PIB.
(Foto: Monte Dawn)