Ninguém é melhor que ninguém?
Ninguém é mesmo melhor que ninguém?
Abstraída a intenção, me atenho ao dito;
O sem caráter que não vale um vintém,
É igual ao probo cuja fala é um escrito?
Ninguém é mesmo melhor que ninguém?
Será esse um adágio veraz, profundo?
Aí, o laborioso que conquistou o que tem,
Assemelha-se em valor ao vagabundo?
Ninguém é mesmo melhor que ninguém?
Será tal assertiva para pormos no papel?
Então, o “galinha” que macula mais de cem,
Tem o mesmo conceito do que se mantém fiel?
Ninguém é mesmo melhor que ninguém?
Então, por quê, escolhem, os eleitores?
Se o corrupto que furta resulta também,
Igual a outro que peleja por bons valores?
Ninguém é mesmo melhor que ninguém?
Seríamos uma massa cinza em “muitos” tons?
Tá certo que o Chapolin erra burro e, bem,
Afinal, a quem dizia o seu: “Sigam-me os bons”?
Sim, à priori todos têm direitos iguais, é vero,
depois, as coisas diferem conforme cada um;
Resumindo: de tantas divagações, o que quero,
É que ousemos um pouco, além do lugar comum...