A vida sob holofotes
Ser fada, ser enfado
Voar, navegar, embrenhar no fado
Procurar com afinco
A natureza da vida, que da orelha é o brinco.
Permitir-se, inovar-se
Como se no núcleo do Universo buscasse
Chegar ao olho do furacão
Encarar a infinitude da imensidão.
Descobrir que a paciência é uma lição
Que a vida é recompensa
Ouvir a voz da intuição
Perceber que a cosmovisão é menor do que se pensa.
A desilusão tem certa pujança
É importante não perder a esperança.
Apesar do tumultuar
Sempre existe um serenar.
A falta de liberdade é premente
Aprisiona a mente
Daí a importância do explorar
A necessidade de devanear.
Talvez a felicidade seja um interlúdio
Uma espécie de prelúdio
Porque da vida tem-se uma certeza
Há de haver tristeza.