A vida sob holofotes

Ser fada, ser enfado

Voar, navegar, embrenhar no fado

Procurar com afinco

A natureza da vida, que da orelha é o brinco.

Permitir-se, inovar-se

Como se no núcleo do Universo buscasse

Chegar ao olho do furacão

Encarar a infinitude da imensidão.

Descobrir que a paciência é uma lição

Que a vida é recompensa

Ouvir a voz da intuição

Perceber que a cosmovisão é menor do que se pensa.

A desilusão tem certa pujança

É importante não perder a esperança.

Apesar do tumultuar

Sempre existe um serenar.

A falta de liberdade é premente

Aprisiona a mente

Daí a importância do explorar

A necessidade de devanear.

Talvez a felicidade seja um interlúdio

Uma espécie de prelúdio

Porque da vida tem-se uma certeza

Há de haver tristeza.

Adela
Enviado por Adela em 21/03/2015
Código do texto: T5178403
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