À BEIRA DO LAGO

O que contemplo

à beira desse lago,

não se restringe apenas

à minha visão carnal;

mas se expande também

pela visão perispiritual

qual afago amoroso

em clímax

de harmonia espiritual.

O que parece ser,

para mim,

um contemplar vago

de água

que se vaporiza

na atmosfera terreal,

se converte num ser

fluídico com nobre

encargo de auxílio

fraterno, a quem precisa

de reorganização moral.

Certamente,

à beira desse lago,

contemplo

o que me edifica.

O que me acresce

em valor que me eleva

espiritualmente.

E o ser espiritual

que do lago emerge,

doa-me o teu amor,

que me vivifica.

Doa-me a tua pureza

amorosa que me conforta

plenamente.

Por fim, qual despertar

de um lindo sonho

usufruindo de delícias

sentimentais,

banho-me, junto com

o meu amor,

no aconchegante lago

de águas termais.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 18/03/2015
Código do texto: T5174383
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