CANÇÃO DO ESQUECIMENTO
( Para os mansos de espírito, os simples de coração... mas gigantes no amor anônimo à Humanidade).
Para o meu pai... in memoriam.
Como Semente de mim mesma,
pisei o solo da vida,
- e não pude sentir Solidão.
As primeiras Palavras,
Ouvi-as desde o berço
dos lábios de minha mãe.
As primeiras Palavras,
disseram-me
que estava
no regaço
do AMOR!
Na vida,
Não pude
ser turbilhão...
Fui estrada
Calma e suave,
Em meio
a mil caminhos,
que nunca foram meus.
Deixei-me ficar
Num caminho
que margeava
o AMOR,
Que proveio
do Lar Materno.
Não pude "agitar"
meu ser
que nasceu
Para aprender.
Assim:
- Fiz de mim,
- e do meu caminho -
uma canção de doce
Esquecimento.
- E quando
as ondas
do sono
do Amor de Deus,
vierem fechar
Definitivamente
os olhos terrenos,
Com certeza
não irei
como vendaval.
Acordarei,
novamente,
Para o
ESQUECIMENTO
de tudo
o que
Não Sou.
Saleti Hartmann
Professora e Poetisa
Cândido Godói-RS