O velho preto

Preto velho, amargurado.

Uma vida de sofrimento

Sozinho, está abandonado

Só restou cicatrizes do tempo

Ó preto, depois de tanto que passou

Por que choras no canto?

Já foi exemplo de força, o que restou?

Além da alma em pranto.

Não é saudade, nem medo da morte.

Só o reconhecimento que não chegou

valor nulo de quem não teve sorte

A ultima música daquele vinil que nunca tocou...

Hoje, sua cadeira de balanço seu refúgio

Seu toca discos, tesouro maior

Preto velho acabou seu prelúdio

A melodia de um preto só.