A imaginação da Inexistência.

O universo vai desaparecer.

Ficará escuro e vazio.

Evidentemente.

Do mesmo modo as espécies.

Inexoravelmente.

Uma prova fundamental.

Litológica.

O infinito será.

Apenas a continuidade.

Da extensão sem ser.

Obsolutamente nada.

Tudo que existe não tem.

Nenhuma razão para poder imaginá-lo.

Não existem significações.

Para as ideologias idiossincráticas.

Como acontecerá.

O desaparecimento.

Uma etimologia científica.

Simples.

Antes do princípio.

Nascia o fundamento.

Nada antes teria sido.

Apenas a inexistência.

Sem materialidade.

Ausência de forma.

Do espírito.

Não se justificam as ideologias.

Imperscrutáveis.

O homem uma ficção.

A imaginação de sua sombra.

Retratada no imaginário.

Projeção de uma grande recordação.

Imprecatado.

De um tempo esquecido.

No entanto, preso as memórias.

A morte é a total negação.

Do que já não existia.

A realidade não é de certo modo.

A representação.

A negação da compreensão.

O que entendemos das coisas.

As ideologias delas.

O sonho apenas a indiscrição.

De um profundo sono.

Da inexequibilidade.

A irrealidade.

Substrato não substancial.

Tudo que existe é o vazio.

A eternidade dele.

A retomada do ponto zero.

O infinito a ausência.

Imprecativa.

Sendo.

O que não poderia ser.

Existe no universo a indefinição.

A eternidade do nada.

Apesar do ser.

A realidade da existência.

Não iminente.

A pobreza existencial.

A compreensão da incompreensão.

A ousadia.

A perdição da Filosofia.

As solicitudes das ausências.

Um tempo perdido a solidão.

O infinito.

A composição da não existência.

O universo se perde.

Em seu conceito eterno.

Na enálage morfológica.

Como entender o fundamento.

Quando a referido é apenas descritivo.

Sóis que perdem suas energias.

Queima de hidrogênio.

Transformam em buracos negros.

O universo todo acaba.

Derrete-se em gelo.

Enorme vazio.

Permanece ao exular-se.

O universo frio.

Negro.

Dissolvendo no infinito.

Mas quando a matéria morre.

Ressuscita-se na mudança.

Dos estados contínuos.

Exaure-se o infinito.

Reinicia o começo.

Sempre eterno a repetição.

Concentrado novas energias.

Renascendo as revoluções químicas.

Formulando o incompreensível

Os novos mundos.

Contínuos e intermináveis.

Pelo menos por um tempo.

A eternidade das ilusões.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/03/2015
Reeditado em 11/03/2015
Código do texto: T5165951
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