Sensibilidade

Minha sensibilidade anda à flor da pele

Tem horas que incomoda, verte na face

Escorre, embaça meu olhar que é verde

Esperança que acompanha cada embate

E nas rimas desconexas a beleza intrínseca

Que disseca minha alma, a expõe em cores

Aquarelando o cinza do dia e os dissabores

Mas sensibilidade vertida molha a pele seca

Hidrata o meu coração, ainda que incomode

O olhar racional, que não voa em asas azuis

Da poesia matinal, e que mesmo que a pode

Que posso fazer? Se ela simplesmente flui...