Sou o absurdo

Sou o absurdo

O grito revolucionário

Quebro paradigmas

Destruo modelos

Estraçalho símbolos

Em contrapartida

Aponto o horizonte

Sempre mutável

A inconstância da vida

O jogo de luz e sombra

Uma armadilha

Certinha ou padronizada

Louca ou transtornada...

O caminho se abre

Diante de ti

Escolha a direção

Caia no abismo

Se jogue no precipício

Viva e sobreviva

A luta vã

De permanecer

Morrem fortes

Morrem fracos

Ricos e pobres

Mandatários

Submissos

E a vida permanece

Com regulamentos e regimentos

Debatidos, escritos,

Votados, respeitados,

Aprovados, contestados,

Refeitos, submetidos

Ao debate outra vez

E a inconstância da vida

Em sua eterna labuta

Refaz as regras

E nós, meros fantoches,

Seguimos a lida

Na eterna ciranda

De atração e repulsa

Até o infinito que acaba hoje

E recomeça amanhã

Na interminável onda

Do ir e vir

Sem sentido e sem motivo

Até você cerrar os olhos

E apagar da mente

O mundo que criou...

Salvador, 05 de março de 2015

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 09/03/2015
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