O Silêncio da Linguagem.

Não sei se deveria dizer.

Entretanto, o caminho se perde.

Na imaginação da essência.

No litogenético entendimento.

No delírio da magnitude da racionalidade.

Na profundidade da loucura.

No encantamento das interpretações.

Schopenhauerianas.

Na ausência das não significações.

De Nietzsche.

Desse modo sei entender.

As etimologizações.

Percebo a distância a infinitude do vazio

É o bastante.

Para compreender as ausências.

Sou uma delas já no presente.

A destinação da ilusão.

Morfologicamente.

O tempo fará dele mesmo.

A não explicitação.

A profundidade de um olhar triste.

Melancolicamente.

Posteriormente.

Tudo será apenas esquecimento.

Um imenso vazio.

Parcimonioso.

Como se nada tivesse sido antes.

Perniciosamente.

Desse modo se explica as repetições.

Como perspectivas inexoráveis.

A destinação comum.

O que se entende é a perdição.

O ato perpetrado.

Escrever é construir o sono.

Em uma longa noite.

Sem madrugada.

Muito menos o despertar das idiossincrasias.

A relutância das possibilidades.

A representação do nada.

Como se fosse o ideal da vida.

Realizado por meio do desejo.

A representação da vontade.

Inacabada pelo medo.

Na verdade o ser abandonado.

Solitário nele mesmo.

Perspirando insensivelmente.

Sei o quanto o caminho é pequeno.

A trajetória representa tão somente.

A solicitude de um cone.

A sabedoria de um olhar perdido.

Penetrado na solidez da incompreensão.

Leptossômica.

Como se existisse alguma razão de ser.

Não há nem mesmo motivo.

Para rebelar contra a fantasia.

O pensamento da ideia aproximada.

O silêncio esquecido.

O liame do Teocentrismo.

Nada disso tem alguma lógica em ser.

A penetração dos passos trôpegos.

A essência é o sumiço eterno.

Igual à poeira desértica majorada.

Entender a realidade.

É como perder a memória.

Sentir a escuridão aproximar.

Indelevelmente.

Percebendo por meio da intuição.

Que dessa vez a madrugada será eterna.

As montanhas cobrirão o sol.

As coisas fluirão.

Mal postas ao destino final.

Destruirão os sujeitos epistemológicos.

Tudo que restará.

Será somente a ausência do reinício.

A peremptoriedade do afastamento.

Como se as leis da geoastrofísica.

Não se fundamentassem na gravidade.

Nada além.

A incompreensão.

A destruição deles.

Um por um.

Sem sequência lógica.

O que sobrará.

Um interminável desejo.

Ao sonho de um retorno.

De coisas não solidificadas.

Em nossas memórias.

Define-se a minazmente.

Soluça-se o coração.

A interminável perdição das impropriedades.

Metafóricas.

Os últimos resquícios da ilusão.

Edjar Dias de Vasconcelos

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/03/2015
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