Sem nuâncias na fala ele desabou.
Buscou na profundeza da alma,
forças para recompor do susto.
De nada adiantou.
Percebeu quão frio era a amizade que o iludia.
Parou em frente do espelho buscando respostas
e mesmo sabendo que não as tinha,
procurava por elas em meio ao reflexo choroso do seu rosto.
E por fim não sabia.
Não sabia do porque daquele sentimento
e nem de onde ele vinha.
Sabia simplesmente que a amizade
a partir daquele momento, não mais existia.
Enxugou as lágrimas que caíam.
Fez um esforço para que outras não surgissem.
Ergueu os olhos e sentiu seu corpo
compreendendo que a vida não definha, mas se alinha.
Escolheu sair pela porta como rei,
de encantos mil se vestiu.
Não era amizade sincera,
era fruta podre em pé de cajá;
fede e não serve para degustar;
não edifica a alma, nem a enobrece.
O que era dito amizade, foi simplesmente uma peste.
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 05/03/2015
Reeditado em 05/03/2015
Código do texto: T5159366
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.