Socorro, o portão permanece fechado!
Vejam, estou presa no meu mundo alienado...
Ele sempre sorriu dizendo que é o melhor para mim!
Com estas palavras ufanas foi decretando o meu fim...

Dono das minhas horas e observador do meu interior.
Cuidadoso em demasia com a desculpa do amor
Quem vai compreender que eu odeio esta prisão?
Só eu sei o quanto padeço atrás deste portão...


Exploração que investiga meu mundo pequeno
Dizimando a minha personalidade como um veneno
Presumo o que pode haver neste horizonte proibido...
Sou mulher prisioneira eterna do meu marido!

Sou invisível, sou muda, sou burra e sem cor!
Acato em silêncio o comando do meu amor...
Não há mais mulheres que vivem deste jeito?
Mentira, muitas morrem até mesmo no leito!

Imagino a liberdade e nunca mais serei caçada!
O portão aberto, minha algema quebrada...
Livre da doença que persegue e emudece...
Da apatia cruel de um viver que só aborrece!

O meu futuro  ornamentado com várias cores...
Minha delicadeza avançando no meio das flores
Mulher não é propriedade e jamais poderá ser...
Socorro, este portão só quer me enlouquecer!


Poema @ Protegido por lei
Com esta poesia estou participando
da antologia e imagem da PEAPAZ
Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 05/03/2015
Código do texto: T5159117
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