A Complexidade dos Olhares.

Eu sei que sonhei.

Mas o sonho não foi.

A revelação da realidade.

Indelével.

Apenas uma utopia invertida.

Tive que esquecer.

Foi muito triste.

Amei a recordação.

Mas não foi desse modo.

A geometria dele.

Compreensão litológica.

Tive que acordar em plena madrugada.

Os olhos não conseguiram fechar.

Nem mesmo após o sol levantar-se.

Movendo no infinito.

A inexorabilidade.

Procurei entender os sinais.

Grandevos.

Entretanto, o tempo tinha passado.

Distâncias enormes figuram.

Na interpretação da imaginação.

Idiossincrática.

Era o mundo perdido em cores.

Gaseificadas.

A construção das memórias.

Mimeticamente.

Não substanciaram no cérebro.

As ondulações cobertas de ódio.

A história se repetia dissimuladamente.

A tristeza manchava a alma.

Sem poder venerar os códigos.

A linguagem pendularia.

Com se fosse possível acasalar o sofrimento.

Com o sentimento da alma perdida no vazio.

Induzível.

Tudo o que deveria dizer.

O mais absoluto silêncio.

Elícito.

O tempo tinha sobrado nas margens.

O restante do olhar era miragem.

O mundo da insignificação.

O que teria que ser dito.

Não poderia ser escrito.

Apenas pensado na intimidade.

Compendiada.

Teria que ir.

Foi como o vento rapidamente.

Apesar de tudo ser repetição.

Os últimos desejos.

Cedidos.

Não tinham como serem codificados.

A lógica da incerteza.

Entretanto, a magnitude.

Da percepção melancólica.

Dos dizeres irrefreáveis.

As repetições.

Mas não seria possível.

Entender o segredo da complexidade.

Compelida à improcedência.

As variáveis dos elos em si.

A continuidade interminável.

Como se algo fosse à mesmíssima coisa.

Eternamente.

Quanto a presença.

A eterna ausência.

O ser a negação do conceito.

O tempo à imprevisão não compreensível.

No entanto, as palavras modificaram.

Os olhares implexos.

O destino na sua lentidão repetível.

Ferindo a essencialidade da alma.

A bonomia da predestinação.

Restou o último segredo apelintrado a acepção.

Encômio aos dizeres doestos silenciados.

A imaginação representativa negada.

Aos sintomas imponderáveis.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 05/03/2015
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