O dia clareou com chuva torrencial
e lavou minha alma, penitente, mortal.
Fez-me contorcer entre pensamentos infantis, 
àqueles homéricos, de consciência vil.
Perturbado com o desconforto notório
refugiei-me entre livros e orações.
No afã de encontrar alento
senti-me perder, no espaço e no tempo.
__ Oh Glória Divina imortal, porque me abandonastes?
Leio por fim Adélia tentando respirar poesia magistral.
Chega-se a hora do sono e nem de longe as pálpebras fecham.
É sinal que o demônio da insônia, será companhia por horas incertas.
Do que ficou do dia pensativo foram questionamentos sem respostas.
Sei que não as encontrarei fora de mim.
Mas se o divino "espera o pior de mim",
fico com Adélia, acordado, sem culpa de existir.
 
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 02/03/2015
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