Proteção

O silêncio é o brado dos fortes

Ouvido por corações sensíveis

É o escudo, a sentinela do forte

Protegendo dores imprevisíveis

É o mais belo de todos concertos

Suave melodia, bebida dos deuses

E assim, tenta como num conserto

Aparar as arestas, de anos e meses

Erros calcificando o interior da cela

Da alma fragilizada pelas mágoas

Mas vem o bendito amor, a dor sela

Purifica-a de todas as tristes nódoas.