Tiquetaqueando

As horas finalmente cansaram...

Aos poucos, ritmo foi diminuindo

Na água do banho o tempo indo

Mas no tiquetaquear não param

Ficam marcando em círculos ágeis

As voltas que a vida vai moldando

Maquiando em faces frias e frágeis

Os desenhos que vão se formando

E olhares tímidos e até ansiosos

Percorrendo o relógio incessante

Se a corda arrebentar no instante

O cuco vai te acordar charmoso

E assim as horas não se perderão

Não passarão ociosas, silenciosas

Mas em muitos momentos poetarão

Nessa mistura de horas e coração.