FOLHAS SOLTAS

Por mais que me escreva, sou páginas em branco

Não sou reta, sou curva

Estou nos extremos Sou tangencia das coisas

Sou a tangencia de mim mesmo

Na tangencia de uma existência

Que existe em mim, independente de mim

Quanto mais me conheço, menos sei quem sou

Eu não me pertenço, a quem pertenço eu?

Eu não mudo para melhor, apenas mudo

Minha alma é intensa como o sol e sonha estar nos olhos dos pássaros

Fundamentalmente ver do alto é tudo que preciso

Sou, todavia dos baixos planos

Meus olhos minúsculos restringe-me a visão a tudo que é preciso ver

As palavras são então minhas asas

Que me permitem voar sobre a escuridão que sou

O amor é a luz da vida, que poucos encontraram

Assim é preciso amar para se ter sentido

Se não tem, é preciso inventar o sentido, porque amar é a própria vida

Que pulsa dentro da pele

E viver é maior de todas as coisas

Assim sonho

E se sonho é porque o sentimento tem pressa

Porque sonho, todavia, tenho alguma possibilidade!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 21/02/2015
Reeditado em 20/01/2018
Código do texto: T5144752
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