CAMINHANDO
CANTARES
Tudo passa e tudo fica
porém o nosso é passar,
passar fazendo caminhos
caminhos sobre o mar
Nunca persegui a glória
nem deixar na memória
dos homens minha canção
eu amo os mundos sutis
leves e gentis,
como bolhas de sabão
Gosto de ver-los pintar-se
de sol e grená voar
abaixo o céu azul, tremer
subitamente e quebrar-se...
Nunca persegui a glória
Caminhante, são tuas pegadas
o caminho e nada mais;
caminhante, não há caminho,
se faz caminho ao andar
Ao andar se faz caminho
e ao voltar a vista atrás
se vê a senda que nunca
se há de voltar a pisar
Caminhante não há caminho
senão há marcas no mar...
Faz algum tempo neste lugar
onde hoje os bosques se vestem de espinhos
se ouviu a voz de um poeta gritar
"Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Morreu o poeta longe do lar
cobre-lhe o pó de um país vizinho.
Ao afastar-se lhe vieram chorar
"Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Quando o pintassilgo não pode cantar.
Quando o poeta é um peregrino.
Quando de nada nos serve rezar
"Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar..."
Golpe a golpe, verso a verso.
http://youtu.be/DHQ-_bf9NFI
Serrat – Cantares
Imagem: Luíza caminhando, da Nat Neli
(Antonio Machado)
Nasceu a 26 Julho 1875
(Sevilha, Espanha)
Morreu a 22 Fevereiro 1939
(Collioure, França)
Antonio Cipriano José María y Francisco de Santa Ana Machado Ruiz, conhecido como Antonio Machado foi um poeta espanhol, pertencente ao Modernismo.
Tudo passa e tudo fica
porém o nosso é passar,
passar fazendo caminhos
caminhos sobre o mar
Nunca persegui a glória
nem deixar na memória
dos homens minha canção
eu amo os mundos sutis
leves e gentis,
como bolhas de sabão
Gosto de ver-los pintar-se
de sol e grená voar
abaixo o céu azul, tremer
subitamente e quebrar-se...
Nunca persegui a glória
Caminhante, são tuas pegadas
o caminho e nada mais;
caminhante, não há caminho,
se faz caminho ao andar
Ao andar se faz caminho
e ao voltar a vista atrás
se vê a senda que nunca
se há de voltar a pisar
Caminhante não há caminho
senão há marcas no mar...
Faz algum tempo neste lugar
onde hoje os bosques se vestem de espinhos
se ouviu a voz de um poeta gritar
"Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Morreu o poeta longe do lar
cobre-lhe o pó de um país vizinho.
Ao afastar-se lhe vieram chorar
"Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Quando o pintassilgo não pode cantar.
Quando o poeta é um peregrino.
Quando de nada nos serve rezar
"Caminhante não há caminho,
se faz caminho ao andar..."
Golpe a golpe, verso a verso.
http://youtu.be/DHQ-_bf9NFI
Serrat – Cantares
Imagem: Luíza caminhando, da Nat Neli
(Antonio Machado)
Nasceu a 26 Julho 1875
(Sevilha, Espanha)
Morreu a 22 Fevereiro 1939
(Collioure, França)
Antonio Cipriano José María y Francisco de Santa Ana Machado Ruiz, conhecido como Antonio Machado foi um poeta espanhol, pertencente ao Modernismo.