DUAS METADES

Há momentos que sou apenas metade de mim...

Talvez línguas desvairadas perguntem:

E a outra metade? Que vem a ser dela?

Não sei... Quando vivo uma metade,

A outra simplesmente se esconde, some,

Nem imagino sequer o paradeiro dela...

Na verdade, estas duas metades são extremos,

Cada qual tem vida própria, mentes individuais,

É como se fossem estrangeiras, não se entendem,

Nunca se encontram, sobrevivem a distância.

Às vezes é trabalhoso adaptar-se aos engenhos

Que tecem no dia a dia, por sinal enfadonhos...

Sinto-me como se em mim houvesse dois mundos:

Um proponente da concórdia, do bem-estar, do amor;

Outro, depravado, devasso... no íntimo, meu inimigo!

De Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 09/02/2015
Código do texto: T5130712
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.