PODRE ESTÓRIA
Não sou intelectual,
apenas faço poesias.
Sou um sujeito normal,
não tenho muitas manias.
Detesto jiló e quiabo,
é sã a minha loucura.
Enfrentei o diabo,
calado pela censura.
Usei da melhor maneira,
a arma, em mim, escondida.
Palavra era minha bandeira,
a fé, meu ponto de partida.
Daqueles porões, a revolta
me traz, outra vez, podre estória.
Espero que não tenha volta,
pro bem de um país sem memória.