FASCINAÇÃO
Da parte da vida, onde eu moro,
E debruço minhas lembranças...
Num certo período da noite, ouço, e vejo o silêncio.
E emoldurado na janela, também vejo o céu!
Vejo as estrelas, que mais parecem diamantes...
As nuvens parecem retalhos que se movem,
A desenhar diversos sonhos...
A enfeitar ainda mais o céu, com minha imaginação.
As casas, os edifícios, os casebres, parecem dormir.
Noutros, no entanto, parecem que o dia se intensifica,
Pois vejo o sol que brilha, em alguns cômodos.
E todo esse conjunto harmoniza um grande presépio.
A noite canta o seu silêncio, e dá a mais nítida impressão,
De que os homens vivem em paz! Vivem em sossego.
E lá onde o céu parece abraçar, as casas, e os edifícios,
Os casebres, nada se identifica como metáforas...
E as notícias, que mercadejam a vida,
Quando amanhece a noite, a rasgar o véu da alvorada.
Já não têm do mesmo céu,
Não têm da mesma paz!
Albérico Silva