Natureza em rebelião
Adormeça
se puder silenciar o pranto das almas atormentadas
Dormir ou acordar, já não importa, os guerreiros mal conseguiam manter-se vivos
A raça humana se extingue em súplicas, pobres almas suplicantes!
Sonhe
Se puder vivenciar a beleza de uma terra perdida, judiada, ignorada
Colher ou plantar, o que importa, se apenas lágrimas molham o chão
Secara a única semente de esperança e germinara a desilusão
Desperte
Se puder perceber os clamores da mãe natureza
Ouvir ou falar, a quem importa, as mãos calejadas cavam o perdão
Toda riqueza é insípida, inodora, incolor e cristalina
Caminhe
Se puder marchar com passos firmes rumo ao inevitável
Partir ou chegar, nada mais importa, ainda é possível aquecer-se ao Sol
E acordar, o maior dos suplícios, é tudo o que resta às testemunhas da Natureza em rebelião!