Natureza em rebelião

Adormeça

se puder silenciar o pranto das almas atormentadas

Dormir ou acordar, já não importa, os guerreiros mal conseguiam manter-se vivos

A raça humana se extingue em súplicas, pobres almas suplicantes!

Sonhe

Se puder vivenciar a beleza de uma terra perdida, judiada, ignorada

Colher ou plantar, o que importa, se apenas lágrimas molham o chão

Secara a única semente de esperança e germinara a desilusão

Desperte

Se puder perceber os clamores da mãe natureza

Ouvir ou falar, a quem importa, as mãos calejadas cavam o perdão

Toda riqueza é insípida, inodora, incolor e cristalina

Caminhe

Se puder marchar com passos firmes rumo ao inevitável

Partir ou chegar, nada mais importa, ainda é possível aquecer-se ao Sol

E acordar, o maior dos suplícios, é tudo o que resta às testemunhas da Natureza em rebelião!

Lúcia Vianna
Enviado por Lúcia Vianna em 01/02/2015
Reeditado em 07/10/2015
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