As Ficções dos Olhares.

Não sei se teria algum significado.

Os sinais são imponderáveis.

Se pudesse a priori decidiria.

Recusaria.

O mundo seria menos magnífico.

Não veria.

O que devo dizer.

As solicitudes perdidas.

Pergunto como tudo pode ficar desse modo.

Incompreensivelmente.

Perderam as procedências.

Até mesmo o significado de um clã.

A pessoa solitariamente.

Tendo tão somente as margens.

Descabidas as proposições.

O único valor a relação do indivíduo.

Com a institucionalidade.

A solidão interminável.

Da não proteção.

Mesmo levando ao extermínio.

O desejo é o domínio.

As ilusões do futuro.

Não sei se é possível.

A existencialidade.

A jurisdição premeditada.

Do sartrianismo.

O ser escolhido a vossa acepção.

Analiticamente.

A compaixão da persuasão.

Felizes os que não puderam ser.

Um caminho sem trajetória.

O silêncio do mundo.

O que descrevo.

A mais cruel melancolia.

A transposição esquecida.

O tempo desértico.

A Filogênese.

O olhar distante perdido no infinito.

Não teria nada para dizer.

Mas não poderá ser entendido.

Metafisicamente.

Os resquícios que perderam.

As vossas misericórdias.

Então por que vender a alma.

A essa maléfica ilusão.

Antes nada disso tivesse acontecido.

O fetichismo dos segredos.

Seria melhor para todo mundo.

O universo ficaria vazio.

Focaria eternamente em sua realidade.

Não existiria a dor.

A partida improcedente.

O medo da deserção da alma.

Os mitos não existiriam.

O infinito interminável continuaria incompreensivo.

Não teria que imaginar o tempo.

Como se fosse possível as ponderações.

A realidade da geometrização.

O devaneio ondulado da anterioridade.

A última descrição.

Sem espaço para ser ideologizado.

Os fonemas da linguagem.

O quanto é vazio o próprio sonho.

Delírio da magnitude.

Disjuntiva.

Cada estágio.

O que tinha que ser não pode ser.

Mesmo pensando na ilogicidade.

Dos cantos.

Sentindo o fluir ponderável.

O olhar triste.

Ausências e ausências.

A complementaridade das insignificâncias.

Mas aqueles que entendem.

Pesarosamente.

Destinam suas ficções.

Como entendimento das distâncias.

Incompreensíveis a fortiori as adequações.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 31/01/2015
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