Transcendência
E se
Talvez,
Quem sabe?!
Súbito,
Você se desse conta
Daquilo que
Eu sempre soube
De nós...
E se,
Talvez,
Quem sabe?!
Sem cerimônias,
Nosso amor
Se casasse,
E quem casa,
Quer casa...
E se,
Talvez,
Quem sabe?!
Num piscar
De olhos,
Casa edificada,
Sem portas,
Sem muro,
Sem grades...
E se,
Talvez,
Quem sabe?!
Desse amor casado,
Broto regado,
A semente,
O fruto,
A senda:
O cuidado...
E se,
Talvez,
Quem sabe?!
Descoberto o processo...
Semeado,
Crescido,
Colhido o cuidado,
Súbito,
Sonho alcançado.
E se,
Talvez,
Quem sabe?
Sem sustos,
Sem silêncios,
Sem celas,
Sob a casa edificada,
Os nascimentos:
O livre,
O intra,
E o inter,
Pessoas somadas...
E se,
Talvez,
Quem sabe?!
E pode ser que seja!
Súbito,
Você se dê conta:
Humanidade –
Uma irmandade...
E o casamento coletivo de amores.
(Eva Vilma)