EXISTENCIALISMO EM PROSA E VERSOS
Estou fadado de explicações metafísicas
Levem para longe de mim as certezas
Deixe-me vadiar com minhas dúvidas
Não quero setas, não quero que me digam
qual caminho devo seguir.
Deixem-me ir sozinho caminhar
vê os riachos desaguar
O nascer e o pôr-do-sol.
Será que eu devo gritar? Vocês estão surdos?
Deixem-me com meus traços de loucura
que a todos vocês fascina.
Do pó vinhestes ao pó voltarás!
Parem de encher-me os ouvidos
Não! Não! Não, não diga nada
Queimem às ciências, a história das artes
Queimarei os livros de Descartes
Vão todos vocês para o diabo que os carregue.