Uma luz solitariamente ao deserto.

Flores.

Perdidas ao deserto.

Ao meio do silêncio.

Esperando pela madrugada.

Na esperança que água do sereno.

Possibilite suportar.

O hidrogênio do sol.

Ao meio dia.

Evitando que os fótons.

Queimem o brilho

Que exauriria de suas pétalas.

Deixando.

Rosas cheias de esperanças.

Os últimos sinais.

Que pudessem ao deserto.

Decifrar seus segredos.

O sol diminuir-se ia a distância.

Criando outras estações.

O esplendor da luz.

Desabrochar-se no encantamento.

Formulando o perfume suave.

Dos mais belos sonhos.

O tempo passou.

Foram tantas madrugadas.

As gotículas de águas.

Secaram antes.

De tocar as raízes das plantas.

As flores sequer.

Puderam surgir.

Morrendo devido à ausência.

Do oxigênio da água.

O desértico mundo.

Florido de areia.

O vento sem direção.

Provocando as tempestades.

À noite o intenso calor.

O olhar sonolento.

Ao longe.

As mais lindas estrelas.

Compondo nossa galáxia.

A imponderável interpretação.

Mas ninguém poderia imaginar.

Esse fenômeno.

Cruel e árido.

Solitariamente.

A distância da imensidão do infinito.

Outros mundos.

Universos contínuos.

Cheio de sóis e luz.

Com o movimento da dança.

Oposto dos lados.

Propositivos.

O fenômeno do escuro.

Trilhões e trilhões deles.

Multiplicados.

Mas como poderiam.

Ser explicados.

Sem a imaginação mistificadora.

A sonolência da metafísica.

Dos olhares estúpidos.

Mas aqui nessa terra.

A ignorância absolta.

Com mentes mesquinhas.

Próximas à psicopatia.

Aos montes dançando as ilusões.

São elas e eles.

Ridículos.

Sem perspectiva de qualquer desenvolvimento.

O que falam.

Não tem significados.

Revoltados sem causa.

ausências de finalidades.

As imaginações.

Ideologias infrutíferas.

Sem as lógicas das significações.

Descrições imperceptíveis.

Sujeitos não recuperáveis.

Mundos perdidos.

Idiossincrasias indeléveis.

Aos atrasos metafóricos.

Edjar Dias de Vasconcelos