O Ouro do Amazonas
Peleja o canoeiro no imenso rio de águas negras. Enfrenta o banzeiro, o sol castiga seu corpo cansado, as mãos calejadas pelo remo, seu grande companheiro.
Olha ao redor, vê-se cercado pelo verde das árvores, ouve distante o pássaro, capitão do mato, a cantar e o boto cor-de-rosa por trás de sua canoa, lhe acompanhar.
Voltando pra casa ele fecha os olhos e agradece a Deus pela pesca bem sucedida, repeita a natureza. Pois, é dela que tira o sustento de sua família. Ele não precisou de estudos pra saber a importância das águas do rio mas, ele teme, teme pelo futuro de seus descendentes. Os rios começaram a secar pelo Brasil e muitos ainda desperdiçam água sem se importar.
Amanhece o dia e lá vai o canoeiro a remar pelas correntezas do rio Amazonas, um dos maiores do mundo, nosso tesouro.
Na sua rotina segue pensativo e ao mesmo tempo entristecido, e ele indaga:
- Oh! Meu Deus e daqui alguns anos como será, quando a água do mundo acabar.