Quando a visão se torna uma percepção enquanto os pregos soltam tinta
Se veja e erga os pedaços
Sem morosidade ou deformidade
Apenas um momento glorioso e silencioso
Enquanto os egos se sentem em alta
Formando super-homens que não voam
E vergonhosamente desejam segurança
Às vezes não sinto os pés e nem por onde passo
Mas, dos escombros ouço vozes, felizes por ali estarem...
Por vezes analisamos a incongruência politicamente correta, como se fossemos dignos de retidão, nos supondo livres do pecado, enquanto a vaidade nos aplaude neste imenso cemitério onde os nossos pés dançam sobre os nossos entes queridos.
Que se afastem de mim os maus espíritos e os maus agouros
Por deus, não deixe que minh'alma se fragilize diante de tamanha indiferença maciça, travestida de solidariedade, humildade e compaixão.
Está ouvindo este alarido?
É o meu espírito deixando a estes o meu escárnio.
Pois aqueles verdadeiros que circundam, são sólidos, são firmes e conseguem sentir quando aquilo que vem é nada mais que irrelevante.
Nem todo o sorriso é proveniente do bem estar e às vezes o bom senso apenas nos condiciona, nos instrui a pensar que o mundo possa ser um lugar melhor, melhor para as gerações, enquanto existe a hipnose do quadro vivo no canto da sala. É a poesia lógica do dia a dia querendo nos educar e blá-blá-blá, ainda mais, sabendo que:
Aquilo que se espera já não existe mais, se perdeu, se perdeu diante do tempo, diante do labor por um individualismo coletivo, diante dos gestos de educação, enquanto nos repetimos no presente, vislumbrando um futuro que não existe. E quando existe é para se fugir da realidade, as mentes se abrem em uma visão próspera.
Envelhecer é endurecer e ser maleável em momentos propícios é a certeza dum véu que cobre o sono profundo.
O otimismo e o pessimismo são apenas nomenclaturas quando percebemos que dando um passo à frente tudo se torna real, o cheiro, as cores, o sentimento puro, as vontades, os prazeres e até mesmo quando jogamos conversa fora tem o seu valor. Pois o sorriso se torna sincero.
Valorize este momento... Ou melhor, sem repetidas regras.
Faça o que for de sua vontade.
Permita-se ao que for de sua vontade.
Pois sou eu, mas poderia ser você, somos o tudo e o nada, somos o que
temos que ser.
Do qual tudo que se quer é fazer as coisas a sua vontade.
L. M.
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Desconcerto a marteladas
***inicio do concerto***
- Se o martelo fosse batido.
Haveria decência?
Haveria clemência?
Haveria essência?
Pois teriam roubado nossa inocência!
- Quem seria absolvido?
***fim do concerto***
Lucas Mirati // L.C.