QUEM SOU?
Oh! Essa não sou eu!
Eu não era assim,
Mas é nisso que deu!
Visitei os dois caminhos:
O mais longo e mais estreito,
E o mais largo e mais curto,
Fingi não entender direito.
Decidi-me ligeiro pela segunda opção.
Fugi das virtudes,
Abracei toda a tentação.
Às vezes fui serena e calma,
Às vezes fúria na alma,
Conforme me convinha,
Nunca me preocupei se plantava
Semente boa,
Ou erva daninha.
Ao ser lançada ao fogo para certificarem
De que ouro fui feita,
Em menos de minuto, descobriram
Que sou árvore em cuja sombra
Ninguém se deita.