LIBÉLULA - (RLessa/Jan/2015)
DESAVISADA da vida, saberia eu da gota do orvalho, se dela sorvesse toda substância que jamais imaginar existir por ser eu DESENCONTRADA?
- Jamais me imaginei orvalho por simplesmente o ser memória do fato.
DESENCONTRADA da vida, caberia eu na espera da memória rarefeita de idade e esquecimentos por ser ela fruto de tanto uso e utilidade DESCABIDA?
- Jamais me imaginei espera por simplesmente o ser a tempo liberta.
DESCABIDA da vida, haveria eu de antever o sorriso da libélula a flanar sem considerar seu destino, sabendo ser ela pela falta de tempo DESGRAÇADA?
- Jamais me imaginei contida por simplesmente o ser abstraída em caminhos.
DESGRAÇADA da vida, deixaria eu o gosto de sal na sua boca, se dele também sorvesses todo o sentido e sentimento contido no ato dessa ré DESPREPARADA?
- Jamais me imaginei temores por simplesmente o ser tocada pelo ser que amo.
DESPREPARADA da vida, cessaria eu a caminhada pelo temor de não mais controlar estrada, pelo fato dela sere curva e DESENGONÇADA?
- Jamais me imaginei saciada por simplesmente o ser guerreira em causa própria.
DESENGONÇADA da vida, igualaria eu a sede com o saciar dos corpos sedentos de toques para não mais querer me sentir DESANUVIADA?
- Jamais me imaginei opostos por simplesmente o ser substância evanescente.
DESANUVIADA da vida, oporia eu ao guerreiro que não mais quer lutar pelo rei por se sentir servo da paixão DESAVISADA ?
- Jamais me imaginei saberes por simplesmente o ser destino a resolver.