LIBÉLULA - (RLessa/Jan/2015)

DESAVISADA da vida, saberia eu da gota do orvalho, se dela sorvesse toda substância que jamais imaginar existir por ser eu DESENCONTRADA?

- Jamais me imaginei orvalho por simplesmente o ser memória do fato.

DESENCONTRADA da vida, caberia eu na espera da memória rarefeita de idade e esquecimentos por ser ela fruto de tanto uso e utilidade DESCABIDA?

- Jamais me imaginei espera por simplesmente o ser a tempo liberta.

DESCABIDA da vida, haveria eu de antever o sorriso da libélula a flanar sem considerar seu destino, sabendo ser ela pela falta de tempo DESGRAÇADA?

- Jamais me imaginei contida por simplesmente o ser abstraída em caminhos.

DESGRAÇADA da vida, deixaria eu o gosto de sal na sua boca, se dele também sorvesses todo o sentido e sentimento contido no ato dessa ré DESPREPARADA?

- Jamais me imaginei temores por simplesmente o ser tocada pelo ser que amo.

DESPREPARADA da vida, cessaria eu a caminhada pelo temor de não mais controlar estrada, pelo fato dela sere curva e DESENGONÇADA?

- Jamais me imaginei saciada por simplesmente o ser guerreira em causa própria.

DESENGONÇADA da vida, igualaria eu a sede com o saciar dos corpos sedentos de toques para não mais querer me sentir DESANUVIADA?

- Jamais me imaginei opostos por simplesmente o ser substância evanescente.

DESANUVIADA da vida, oporia eu ao guerreiro que não mais quer lutar pelo rei por se sentir servo da paixão DESAVISADA ?

- Jamais me imaginei saberes por simplesmente o ser destino a resolver.

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 13/01/2015
Código do texto: T5099935
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