A Teoria da Descoberta da Ilusão do Universo.

Recordo-me de tudo.

Em Itapagipe Minas Gerais.

Da fazenda Serra da Moeda.

Dos rios e da floresta.

Das tardes quentes de verão.

Da chuva.

Do cavalo.

De um jipe azul de fabricação inglesa.

Dos avôs, tios e tias.

Meus pais.

Irmão e irmãs.

Recordo-me quando tinha tudo.

Não precisa pensar em nada.

Eles pensavam por mim.

Cuidavam da minha pessoa.

Só tinha que respirar o ar.

E a infinitude do universo.

E sentir o brilho do sol.

Era novinho.

Adorava estudar e caminhar ao meio da floresta.

Posteriormente.

Fui ser seminarista.

De uma ordem religiosa.

Os padres Lazaristas.

Exigia que estudasse muito.

Era exatamente o que gostava de fazer.

Sobretudo, quando estudava Filosofia.

Pela Universidade Católica.

De Belo Horizonte.

Adorava ir aos finais de Semana.

Ao convento do Caraça.

No seminário tinha uma biblioteca.

Uma enormidade incalculável de livros.

No entanto, fui aos poucos construindo.

A minha biblioteca com livros clássicos.

Estudava doze horas por dia.

Queria entender os fundamentos da Física.

Da Biologia e da Química.

Os princípios da economia.

As leis da História.

Mas era encantado, perdidamente apaixonado.

Pela Filosofia.

Na verdade gostava de todas as Ciências.

Desde que não fossem mistificadoras.

Desejava saber de algumas coisas.

Poucas coisas.

A origem do mundo, da partícula quântica.

Entretanto, mais tarde percebi que o universo.

Sempre fora composto por infindáveis mundos.

Queria entender a origem da vida.

Posteriormente compreendi que todas as formas de vida.

Remontam a um único princípio.

Do mesmo modo as formas de matéria.

Desejava entender por que tudo muda e conserva-se interminavelmente.

Eternamente a mesma natureza da mudança.

O motivo da diversidade e da unicidade.

A natureza do DNA do átomo.

Da mesma forma da célula quântica.

Substrato substancial da vida.

Todas essas coisas, consegui entender.

Quase que miraculosamente.

O que me deixou profundamente apavorado.

Perplexo.

O entendimento resultou por um princípio simples.

Ao mesmo tempo complexo.

O fundamento da diversidade é a ausência.

O ser é o não ser.

A matéria é a não matéria.

Tudo que existe será eternamente tão somente o vácuo.

O vazio indeterminado.

Perdido na complexidade do infinito.

Resultara da insignificação inexistente.

E na eternidade da inexistência do tempo.

Os compostos químicos de todas as formas da matéria.

Com efeito, tudo que existe e compõe a realidade.

É de certo modo não existente.

Apenas a ficção de uma sombra imaginaria.

Que se repete eternamente.

Pelo mecanismo replicador renovador do mesmo fundamento.

Mas as particularidades perdidas ao suposto tempo.

Desaparecem aos fluidos do ar.

Retomando ao que sempre fora no início.

De seu tempo imemorial.

O vazio, escuro e infinito.

Na posterioridade da ilusão.

A retomada da constituição de uma pequena partícula Química.

Consubstanciada a todos aos átomos.

A mais lenta espera.

Na queima dos últimos fótons de hidrogênio.

Quando o universo todo transformará em buracos negros.

Será a morte do infinito.

O reinício da gestação.

Na constituição da ressurreição da matéria

Entretanto, jamais do espírito ou da alma.

Quanto a cada um dos homo sapiens.

A espera replicadora para constituição Química.

De um pequeno pedaço de átomo perdido na escuridão interminável do universo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 12/01/2015
Reeditado em 13/01/2015
Código do texto: T5099025
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