FERREIRA GULLAR
Ferreira Gullar
Um homem chamado Ribamar
Tem a cabeleira do Zezé,
De costa uma mulher
De frente um enigma.
Assisti sua entrevista
Explicando que faz
Poemas de um surto,
Do espanto cotidiano.
Pergunto a mim, o que faço!
Meus versos são poemas?
Não tem métrica
Nem tão pouco rima
Agora sei a resposta:
São questionamentos,
Descobertas cotidianas,
Respostas enigmáticas.
Conformado, não sei!
Mas agrado os leitores.
Precisa ter nome?
Basta-me a satisfação.
Chico Luz