SOCUOL SOD OÃXELFER 

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Qual a  filosofia dos que vivem no submundo
Não importa-se com o amanhã o ontem já se foi
O presente é a sua máxima, nessa jaula de pedras
Muitos passam por ele, ninguém o cumprimenta
O apressar da cidade grande – o vazio na multidão

Os filhos do Capitalismo, os Escravos do Sistema
O que passa em suas mentes, uma vã indagação
Continuemos nesta jornada, vai e vem, sol adormece
Novo dia, coisas velhas: cheiro, suor, choro e fome

Perambulando pelos guetos, escavacando as latas
Segue o homem cabeludo, o que lhe tira o sono...
Dias de glória, saudades da lucidez, ou um perfume
Um pensamento, uma fuga – uma prisão em seu ego

Quais as cores de seu arco-íris, será que o conhece
Como seria para ele o que chamamos de pena ou dor
Será que seu peito conhece as velhas ciladas do amor
E a solidão será que o assola ou só conhece alegrias

Queria perguntar se ele acredita em salvação
Mas para isso ele teria que saber o que é alma
Mas todas minhas falas parecem ser desprezíveis
Acho que em  seu mundo,  nada seja impossível

Talvez dormir na lua e acordar em alto-mar

Todas essas coisas sejam mais que natural
Embora, na real demência sejas um preso-livre
Louco serias eu, tentar descrever seus sonhos

Sonhos roubados pelo o antagonismo concreto
Felicidade inatingível e coisas impensáveis 
Acredito que nem o louco entende o outro
Pois as loucuras sempre serão distintas

São todos reféns da eterna insanidade
Dias alucinantes, um reflexo em cada esquina.

Ainda assim prefiro a Loucura dos Loucos
 Á Sinceridade dos Lúcidos.



         

Nota: O titulo deste poema dever ser lido de trás para frente.