Escreve que eu te ouço.
Nada pode calar a voz de quem escreve.
Não falo ao escrever os meus poemas,
Porque na poesia a interação é entre almas
E o meu grito é de silêncio.
O meu lápis é surdo-mudo
E só compreende a linguagem universal.
Os meus gestos não são regidos por mim,
Mas pela força do meu pensamento.
Eu sou apenas um mero poeta
Que codifica o que será descodificado por vós.
Se compreenderes o que eu digo
É porque também fala sem pronunciar palavras.