Escreve que eu te ouço.

Nada pode calar a voz de quem escreve.

Não falo ao escrever os meus poemas,

Porque na poesia a interação é entre almas

E o meu grito é de silêncio.

O meu lápis é surdo-mudo

E só compreende a linguagem universal.

Os meus gestos não são regidos por mim,

Mas pela força do meu pensamento.

Eu sou apenas um mero poeta

Que codifica o que será descodificado por vós.

Se compreenderes o que eu digo

É porque também fala sem pronunciar palavras.

Barros Nasimento
Enviado por Barros Nasimento em 09/01/2015
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