QUÃO DIFÍCIL - (RLessa/Jan/2015)
QUÃO DIFÍCIL
Hoje percebo quão difícil é mudar: aterrar sentidos e sentimentos.
Hoje percebo quão inútil é moldar: valorizar outros e coisas.
Hoje percebo quão fútil é buscar: desnudar matas e fontes.
Hoje percebo quão dúctil é lapidar: defraudar mares e montanhas.
Hoje percebo quão táctil é cuidar: debandar medos e equívocos
Hoje percebo quão volátil é bradar: discordar verdades e vontades.
Hoje percebo quão eril é ajudar: agradar cegos e mudos.
Mesmo difícil é uma conquista pessoal, individual e intransferível, onde o diálogo maior é consigo e não com a imagem que fazemos do outro, no outro e para o outro.