Cotidianismos.

Em todas as tardes me pego a filosofar sobre o grito do povo,

As lagrimas da mãe aflita, sobre o pai que luta para por o pão a mesa.

Sobre o homem que não se importa.

Em muitas manhas acordo com os gritos do vizinho demente,

Da mulher que apanha e sofre calada

Do filho carente que clama atenção

E da mãe que pena por não ter dado atenção ao filho enquanto havia tempo.

Ouço na noite sirenes, buzinas, músicas de variados gêneros.

Vejo danças de múltiplos gestos, pensadores indigestos.

E políticos que me desanimam.

E na pauta de descontento

Fecho os olhos em desalento

E me deito às vezes desacompanhado

Preparando-me para o novo ciclo.

Gleis Kellen
Enviado por Gleis Kellen em 08/01/2015
Código do texto: T5094970
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