ILUSÃO
(por Regilene Rodrigues Neves)
O homem está se perdendo
Em meio a tantas ilusões
Afastando-se dos seus valores e princípios
Fazendo uma permuta entre o reino de Deus
E o mundo pagão, cujo preço é a vida...
A fé escorre entre os vãos da matéria
Que o absorve dia a após dia
Entre escolhas fáceis de ilusões
Que mostra somente o que agrada aos olhos...
E a alma que nos eleva a Deus
Cai no engodo precipício das fantasias
Que a matéria seduz...
Vivemos dias sem valores
No apego da ilusão
O semelhante é um, qualquer,
Sem importância para seus desejos e caprichos
Seja feita minha vontade não importa quem eu fira...
O inimigo toma posse das nossas almas
E nos enganamos em causa própria
Dias nublados e tempestuosos se anunciam
Em cada ano novo sem valores espirituais
E sem eles somos espectros a mercê do inimigo...
Sem saber por que em meio a tantos sofrimentos
Numa interrogação constante aos seus vazios
O homem olha para o céu em noites traiçoeiras
Questionando Deus por permitir
O que a sua escolha lhe trouxe em consequência,
Melhor culpar outrem do que a mim mesma os meus atos...
Segue esquivando-se dos seus princípios
Num vandalismo a si próprio
E em frente aponta qualquer um.
Entre viver, matar e morrer,
O doce engano das ilusões...
O amor é um antídoto raro no frasco da alma
Que em meio a nossa vaidade se perde
Da nossa redenção e nos aproxima
De um vazio cada vez maior
Que ano após ano adentra num precipício
De danos irreparáveis a humanidade...
E me pergunto por que tanta ilusão?
Se o fim é nosso castigo.
Estamos tropeçando um no outro
Sem louvar a Deus sobre todas as coisas
Enquanto a matéria vestida de vaidade e ilusão
Vai perecendo ao longo do caminho...
Em 08/01/2015